quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Refletindo sobre meu 2013 como profissional

Postado por Gabriela às 13:13 0 comentários



Nesse ano de 2013 tive o privilégio de acompanhar o desenvolvimento de 26 crianças, que a cada dia, de forma cativante, ensinaram-me a essência de ser CRIANÇA. Cada sorriso, cada gesto de carinho, foram significantes, pois me proporcionaram a descoberta da verdadeira relação de amizade e confiança! Hoje tenho no coração o alívio de ter dado a minha contribuição para o desenvolvimento destes pequenos, pois só eu e DEUS sabemos da intencionalidade de cada ação junto a eles.
Digo isso, porque esse ano foi marcado por muitos julgamentos, por questões rotineiras, pelo fato de eu não tentar agradar muitos adultos que me rodeiam (realmente isso faz parte do meu perfil) isso fez com que muitos deles me vissem como uma profissional repressora ou autoritária, visão totalmente oposta a minha concepção pedagógica. Quando eu opto pela Educação Infantil diariamente (isso porque a gente tem o livre arbítrio de escolher todos os dias se quer permanecer ou mudar de profissão) eu reconheço as crianças como SUJEITOS de suas ações e que precisam sim conhecer nossos “combinados” diários para a vida na coletividade. Conhecer inclusive que o ambiente da instituição de Educação Infantil não é um espaço igual ao espaço da casa (principal referência nessa idade). Isso é amparado inclusive em leis, que concebem a Educação Infantil como complemento, ou seja, trata de ajudá-la a se perceber como sujeito no coletivo e não somente a sua percepção de individualidade (que ocorre por excelência no espaço familiar). Embora a individualidade também seja tratada no ambiente institucional, quando tratamos dos direitos individuais, do sujeito em suas especificidades e do respeito ao outro.
Eu me engrandeço quando olho para o início do ano e volto para o final de 2013 e percebo que as crianças do meu grupo conseguiram ser pequenos e gigantes ao mesmo tempo, surpreenderam-me inúmeras vezes com o desenvolvimento demonstrado a cada novo estímulo. Entretanto não só “pedagogicamente”, mas em relação ao se reconhecer como sujeito capaz de relatar ao outro o que sente e quando algo não lhe agrada, isso sim é a mágica da interação social. 
Fiquei muito decepcionada ontem, quando houve o cancelamento da festa de encerramento que foi planejada com muita alegria e expectativas por parte de todos (inclusive dos pequenos que estavam totalmente cientes da nossa programação) e quando precisava lhes comunicar que não haveria a festa, nem o amigo secreto devido a falta de água, meu coração ficava em pedacinhos.
É por tudo isso que eu afirmo que o melhor presente deste ano de 2013 foi receber o carinho e acolhida de cada criança durante TODO O ANO LETIVO! Inclusive porque esse ano foi cheio de mudanças na minha vida, mudei de casa, de cidade, não estou mais morando com meu pai que foi a minha grande referência durante toda a vida, sentido a falta de seus conselhos diários e cafunés rotineiros. Nesse ano, também comecei a estudar e trabalhar, coisa que nunca fiz nesses 27 anos de vida. Nas diferentes fases da minha existência, ou só estudei, ou só trabalhei e trabalhar 6 horas por dia e tocar duas pós-graduações tem sido outra experiência e tanto!
Talvez sem saber, alguns profissionais, pais das crianças ou mesmo meus companheiros de estudos, ajudaram-me a superar as minhas limitações. Depositaram em mim sua confiança e outros com simples olhares de carinho, a cada dia, mostravam-se cúmplices com minhas concepções, convicções, sendo também sensíveis para perceber que eu precisava de apoio e incentivos para prosseguir com minhas restrições pessoais. 
Enfim, apesar dos percalços, agradeço a cada pessoinha (grande ou pequena) pelos bons momentos, pelas superações e pelos aprendizados (que às vezes podem ser inclusive doloridos)!

O desânimo dos dias de tempestade

Postado por Gabriela às 13:05 0 comentários

É consenso que o amor é um elemento fundamental para um casamento, nenhum casal consegue ficar junto e feliz se o amor não existir, mas há muitas outras coisas envolvidas no casamento. Isso significa afirmar que qualquer relacionamento só dá certo quando todos (os envolvidos) se preocupam com todos, uma forma de respeitar a união, a parceria, o convívio!

Nesses 6 anos e 4 meses de relacionamento, entre namoro, noivado e casamento, já deixei de fazer muitas coisas em respeito à pessoa que amo. Não se trata apenas de uma questão de preservar de um constrangimento ou ainda de querer que a pessoa se sinta bem. Vai além disso, é uma questão de colocar a nossa união, nosso amor, nosso relacionamento e nossa parceria sempre em primeiro lugar.

Vivo uma relação muito estável, não acredito que exista algo que possa comprometer ou corromper a nossa relação. Porém com as poucas picuinhas que tivemos foi possível perceber elas geralmente aparecem pelos mesmo motivos ou por causas muito semelhantes. Inclusive, reconheço minha parcela de culpa, pois como tenho personalidade forte, na hora da crise de raiva ou mesmo de inquietação, defendo fielmente minha concepção sobre o assunto. Não que eu não possa mudar, mas porque isso já faz parte de quem eu sou, do que acredito e portanto isso me faz como pessoa.

Outra questão que me atormenta é a compreensão de que viver a dois, não é pensar por dois, mas os dois pensar como um! Pensar como um em tudo! E isso significa aprender a ceder, a abrir mão de si, do que já se foi, para poder crescer junto, como um casal que se optou em ser. 

Não sou nenhuma especialista na habilidade de resolver problemas de convivência, mas aprendi muito com os exemplos sobre o que "não se deve fazer" ao invés de exemplos de "como fazer" para resolver esses problemas. Uma coisa ficou muito marcada em minha vida pessoal, por isso concebo que o diálogo é a porta principal para a resolução dos problemas de convivência. Talvez por isso, a prática de conversa tem sido minha tentativa de não acumular os problemas, de não empurrá-los para debaixo do tapete sem resolvê-los, que o amor fica sufocado, esmagado e sem forças. E além disso, o diálogo é uma ferramenta indispensável em todos os tipos de relacionamento, seja ele amoroso, profissional ou de amizade.
 

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