segunda-feira, 30 de maio de 2011

Bilhete: Dever de casa

Postado por Gabriela de Amorim às 10:08
A partir de uma dificuldade apresentada pelos pais durante o atendimento da reunião, hoje colarei esse bilhete nas agendas, com algumas informações/dicas:

DEVER DE CASA: COMO AJUDAR?


Os deveres são ricas possibilidades para as crianças refletirem, questionarem e mesmo motivassem a buscar respostas para seus problemas sem o turbilhão de acontecimentos da sala de aula. Mas diante da necessidade de um acompanhamento das famílias, conforme conversamos durante alguns atendimentos da entrega dos boletins do primeiro trimestre, surge a dúvida: o que fazer para ajudar?

Os pais podem contribuir para o dever de casa ser atraente na medida em que se interessam, perguntando, elogiando, comentando e contribuindo. Assim o dever de casa poderá deixar de ser um “fardo” e se transformará em um momento rico de aprendizagens. Para que isso possa ocorrer é necessário ter alguns cuidados. A fim de auxiliar os pais que estão com algumas dúvidas ou dificuldades, seguem algumas dicas:

1. Organizar um espaço e um horário apropriados para ele(a) fazer as tarefas.

2. Diante dos questionamentos a cerca das respostas, troque ideias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio. O melhor é conversar, estimular que façam suas respostas, que aprendam a pensar através das perguntas e principalmente a interpretar o que está sendo pedido. Quando ouvir “Mas eu não sei fazer essa!”, estimule a criança a ler o enunciado (quantas vezes for necessário) para que ela aprenda “o que a pergunta quer saber” (ou seja, interpretação de texto).

3. Em poucas palavras, oriente! A correção fica a cargo da professora. Importante: é recomendado não apagar o erro de seu(ua) filho(a) (a não ser que sejam em exceções, quando for possível explicar porque está errado). Se isso ocorre sempre, a professora fica sem saber onde a criança está com dificuldades. O que também é possível fazer é indicar: “Essa resposta não está certa, tente fazer de outra maneira” e se for um caso especial a dica pode ser outra “Essa palavra não é escrita assim” (neste caso, podem ajudar pronunciando a palavra ou em alguns casos pedindo para procurar no dicionário). Essas possibilidades ajudam a tornar o erro construtivo.

4. Mas o que é tornar um erro construtivo? É ensinar que errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Por isso, converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles. Conte histórias que estão relacionadas a equívocos. Também vale a tentativa de verificar se a resposta segue o exemplo que foi dado, ou ainda estimular a criança a após responder, retomar a leitura da pergunta e da resposta, a fim de perceber se realmente a pergunta foi respondida.

5. Diga "tente novamente" diante da queixa. Refaça. Recomece. Caso seu(ua) filho(a) perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta.

6. Lembre-se de que fazem parte das tarefas escolares duas etapas: as atividades passadas como lições e o estudo diário para rever os conteúdos. As responsabilidades escolares não findam quando o aluno termina as lições de casa. Aprofundar e rever os conteúdos é fundamental. Uma boa forma de fazer isso é solicitar esporadicamente a criança lhe explique o que aprendeu.

7. Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa na frente da criança. Seu julgamento pode desmotivar seu filho e até mesmo despotencializar a professora e, consequentemente, a tarefa de casa e seus objetivos. Se você não entendeu a intenção (objetivo) ou não concordou com as propostas, procure professora para que possa conversar e compreender a proposta.

Juntos, família e escola, tornaremos o aprendizado em um momento de prazer e não de mera obrigação.


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