Na sexta-feira da semana passada, recebemos a visita de um pintinho. Mas vou contar tudo direitinho! Uma verdadeira história precisa de um bom começo e meio (no mínimo) pois fim essa história ainda não tem!
Esse mês iniciei meu trabalho junto a professora Grace e um grupo de 10 crianças, chamado de B3 (com idade de 2 anos e meio a três anos). Como peguei o trem andando, o grupo já estava aprendendo sobre o Projeto Fazendinha e o primeiro animal estudado foi a Galinha! Mas diante de tantos olhares, afirmações e dúvidas, o projeto foi se ampliando, e as crianças descobrindo que "A galinha não come ovo, ela põe o ovo" que "a galinha come milho", que "milharal é a plantação do milho, que depois a galinha come" e que do ovo "depois vai nascer um pintinho" que vai crescer e se tornar uma galinha ou o galo". Pensando em tudo isso, nós fizemos junto com as crianças milho cozido e também bolo de milho! Tudo estava uma delícia! E semana passada foi a vez da grande surpresa, conhecer um pintinho.
Esse é o segundo capítulo: Onde achar um pintinho? Onde vende um pintinho amarelinho? E se comprar, o que fazer depois com ele? Bom, agora posso dizer que ajudei um pouco! Meu padrasto tem galinhas e me dispus a fazer o intercâmbio para posterior adoção. Ainda assim, a parte mais difícil foi feita pela professora Grace, que passou de agropecuária em agropecuária, e até mesmo de telefonema em telefonema, procurando o nosso visitante!
Para nossa surpresa e paixão, nosso pintinho chegou a sala de aula, com apenas 3 dias de vida, mas com muita disposição para receber o carinho das crianças, que com os dedinhos acalmavam as piadas eufóricas e que também aceitaram a proposta da professora Grace: "O que vocês acham da gente escolher um nome para o nosso pintinho?". O grupo aceitou o desafio e começaram a surgir as possibilidades: "Bebê!" "Bebezinho!" "Pintinho" e o menino Vinícius sugeriu: "Joaquim! Joaquim prof!". Diante das opções, o grupo aceitou o nome e a partir desse momento Joaquim passou a ser tratado como um integrante de nosso grupo!
Recebeu a visita dos outros grupos (B1 e B2), fez uma saída triunfante, com uma bela despedida do grupo e parando a cada olhar curioso de outras crianças que na rampa de acesso a saída da escola perguntavam: "O que tem aí?" "Isso é um passarinho?" "Ele é de verdade?"
Mas o dia longo de Joaquim, ainda precisava garantir uma coisinha! A sua comida de cada dia! Feita a despedida das crianças, ele foi levado para um restaurante. Ops! Empolguei-me! Foi levado para uma agropecuária! Comprar a ração de cada dia! (risos) E de lá, seguiu em viagem comigo, para o meu bairro (Saco Grande, norte de Florianópolis), onde ficou com sua atual dona (Maria Eduarda, minha irmã de 6 anos) que o levou a salvo para o sul da ilha (Pântano do Sul).
Hoje, oito dias depois dessa aventura fomos (eu e meu noivo) visitar o Joaquim, pois durante toda a semana, várias vezes, alguma das crianças me questionava "Cadê o Joaquim?" "Onde está o Joaquim?". Mais uma vez, para minha surpresa, ele foi adotado integralmente pela minha irmã, que tem se preocupado com todas as suas necessidades básicas e prometeu "Mana, pode deixar! Eu vou cuidar bem dele! Vou fazer igual a galinha preta! Não vou deixar o papai fazer nada com ele!" E assim, dia após dia, Joaquim está crescendo! As fotos deste post, são de hoje, quando está completando 11 dias de vida! Mas no site da escola, tem umas fotinhos do primeiro encontro do grupo B3 com o Joaquim!
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